Grito progressista
Anos. É
provável que essa palavra possa ter um sentido minimalista no ver de alguns,
contudo, ao inseri-la na realidade d’outros, seus fins teriam, certamente,
maior significância. A estes, poder-se-ia a palavra inferir muito trabalho. Ou
suor. Esperança, talvez. Uma década pra uns. Duas a outros. Trinta anos (ou
mais) a sabe-se lá quem. Depois de tanto tempo, mas tanto tempo de luta, seria
moralmente justo que os méritos coubessem àqueles cuja dedicação resultou nos
frutos de hoje. Assim, os guerreiros, unidos, fortalecer-se-iam, e a
durabilidade do gozo alcançado prolongar-se-ia, saboreando os sentidos dos que
antes buscavam a glória. Já quando isso não se evidencia, algo atesta a
existência de erros... e dos piores: os internos. Quando o chão no qual se pisa
não está firme, nas horas em que a estrutura movimenta-se me de forma aleatória,
ao sentir-se desagregação no elementar... não há chances de vitória, quão mais
de glórias.
Não estamos
mais dispostos a isso. Queremos união, queremos luta, queremos armas. Queremos,
armados, lutar com vigor. Queremos derramar o sangue do atraso e presenciar a
distância do inimigo. Como podemos admitir praticamente dois mandatos de
governo com assistência à oposição? Quem poderia resistir calado ao ver um
soldado fiel ser negligenciado – senão menosprezado – em razão de fatos um
tanto quanto masoquistas? Existiria forma de exercício democrático quando o
diálogo menos sutil pode ser descrito como silêncio?
Pelotas...
“Princesa do sul querida! Minha terra, te dou a vida! Tu tens ar que me inflama
o peito, fê-lo amagar teus feitos, chão que minha gente pisa...” Depois de
tanta discórdia, de tanta falta de dignidade, nossa cidade recomeça sua
caminhada rumo ao desenvolvimento, mas a luz dessa estrada parece perder o
brilho... Não nos é cabível acreditar que nosso grande líder, de honestidade e
virtudes intrínsecas e incomparáveis, fazê-lo-ia como tal... Estamos cansados
dessa separação e preparados para buscar o que pertence aos progressistas e
somente a nós! Temos amigos, porém não são todos, nem de nós têm tudo. Ao
menos, é assim que deveria ser.
Temos as
melhores mulheres progressistas do Rio Grande, reconhecidas como tais, unidas,
desejando a justiça, comandadas pela nossa ilustríssima presidente Gabriella e
suas companheiras. Temos encontros renovadores, os quais nos fortalecem a cada
dia, organizados pelo nosso amigo Selister. Temos o nosso blog, um espaço que
está disponível a nossos vizinhos deste rincão rio-grandense e aos nossos
pré-candidatos, editado pelo nosso guerreiro Mercio. Entretanto, também nos
faltam forças... temos uma juventude sem presença e sem força, esquecida e
clamando por um novo líder, por uma mobilização equipada a de nossos outros
braços. Uma juventude que vive seus dias de tormento, sobretudo de escuridão.
Não obstante, uma juventude que há de renascer e de encontrar a luz, justamente
onde mais se é visto o seu brilho: na sede de mudança do jovem, não de nomes ou
de outros fins.
Todas essas
palavras foram ditas pelos nossos guerreiros progressistas, no nosso grande
Conversando Política, última quinta-feira. Escutamos nossa voz e queremos que
os outros a escutem. Nem que pra isso seja preciso gritar.
Lucas Langie Pacheco
Bacharelando em Direito/UFPel
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