Mãe Legal pronto para ingressar na Rede Cegonha
O Programa Mãe Legal faz Pré-natal, que tem como objetivo incentivar o planejamento familiar, incrementar ações na Rede de Atenção à Saúde para a promoção de pré-natal colhedor e resolutivo e ações concretas na área da criança, além de diminuir o número de óbitos materno e infantil no Município, agora está recebendo adaptações para integrar o Programa Federal Rede Cegonha.
De acordo com a coordenadora do Mãe Legal, Rosângela Soares, são poucas as ações que o Programa precisa agregar para atender aos requisitos federais, como auxílio transporte para as consultas do pré-natal e parto; garantia do local do parto (hoje há a garantida do parto, de acordo com a necessidade da mãe e do bebê, mas sem local pré-definido); e humanização do parto, com a presença do pai ou de um acompanhante no momento (já em prática em alguns hospitais). Em uma avaliação da 3ª Coordenadoria Regional de Saúde, Pelotas foi considerada apta a integrar a Rede Cegonha, mas para isso depende da habilitação do Estado, que está em processo.
Com o Mãe Legal, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) possuem teste rápido de gravidez e a mulher pode solicitá-lo sem passar por consulta prévia com ginecologista. Caso o resultado seja positivo, já sairá da unidade com uma consulta pré-natal marcada para a semana seguinte. O atendimento para gestantes é prioritário. A guia de exames é diferenciada – laranja – para que seja facilmente identificada no laboratório conveniado e prontamente atendida.
Em 2011, cerca de 3,2 mil crianças nasceram em Pelotas. Destas, estima-se que 30%, ou quase mil mães e bebês tenham recebido atendimento particular ou de convênios. O restante, mais de 2,2 mil, via Sistema Único de Saúde (SUS). O cadastro das mulheres atendidas indica que 1.673 fizeram pré-natal – mas algumas podem não ter se cadastrado. Os números são considerados positivos para a pediatra e para as enfermeiras do Núcleo de Atenção à Saúde da Mulher, Alitéia Santiago Dilélio e Lílian Teles Rubira, embora nos números de mortalidade infantil isso ainda não possa ser vistos, já que o Programa existe desde maio, e as mulheres que engravidaram depois disso ainda não tiveram seus bebês. Em 2011 foram registrados 57 óbitos de crianças de até um ano, 53% destes foram de bebês nascidos prematuramente.
Alitéia diz que o acesso mais difícil a gestantes é com aquelas que já têm um ou mais filhos, e acham que por já conhecer o processo não precisam fazer pré-natal. A enfermeira lembra que cada gestação é única e o acompanhamento é importantíssimo tanto para a segurança da mãe quanto do bebê. Portanto, é imprescindível que futuras mães de todas as idades façam o pré-natal e logo continuem fazendo o acompanhamento do recém-nascido.
Os exames básicos para uma gestante, independentemente de exames ou gestações anteriores, são tipagem sanguínea, sífilis, urina, glicemia, hemograma, hematócritos, HIV, toxoplasmose e hepatite B. A maioria das doenças, se tratadas no início da gestação, têm pelo menos 60% de chance de não contaminar o bebê.
Data: 04/01/2012
Hora: 15:20
Redator: Alessandra Meirelles - 10052
Fotógrafo: Janine Tomberg / Arquivo ASCOM -
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